EMBRAPII-UFSCar celebra primeiro projeto

A EMBRAPII-UFSCar-Materiais tem muito a comemorar. Foi celebrado o primeiro projeto entre a unidade e uma empresa, a RHI Magnesita, a maior produtora mundial de materiais refratários. O contrato foi assinado em 16 de junho e o projeto já está em andamento.

Os materiais refratários são aqueles que resistem a altas temperaturas e têm um papel de suma importância para cadeias produtivas como a do aço, vidro e cimento. Entretanto, há a necessidade de aperfeiçoamento de processos de produção desses materiais e foi isso que motivou a parceria.

“O objetivo principal do projeto é aperfeiçoar processos de produção de materiais refratários, utilizando simulação computacional”, explicou Rodrigo Bresciani Canto, docente do Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa) da UFSCar e coordenador do projeto.

Ao todo, o projeto será executado em cinco etapas, com um cronograma de 25 meses e com seis grupos de atividades que serão conduzidos ao longo desse período. As etapas iniciais envolvem a caracterização dos materiais estudados e o estudo das técnicas numéricas, e as etapas finais focam na aplicação do conhecimento obtido em casos de interesse da indústria parceira.

A equipe da UFSCar ficará responsável pelo estudo de modelos computacionais e levantamento de dados sobre materiais e processos a partir de experimentos para alimentar as simulações numéricas, bem como auxiliar a empresa parceira na aplicação dos resultados. Para isso, a equipe contará com um professor coordenador, um técnico de laboratório, um pós-doutorando, dois doutorandos, quatro mestrandos e dois alunos de graduação. 

Já a RHI Magnesita, além do aporte financeiro, terá o papel de disponibilizar estudos de caso industriais complexos e desafiadores, assim como proporcionar o contato, a troca de informações e de conhecimentos aplicáveis de sua equipe, propiciando um engajamento cooperativo entre as partes, fortalecendo a busca de soluções previstas no projeto.

“Ao final, prevemos a melhoria dos processos resultando em produtos que precisem de menos material de insumo e com melhor resistência mecânica. Ainda, espera-se também promover o conhecimento gerado e adquirido pelas instituições parceiras no desenvolvimento do projeto, alcançar a inovação industrial e contribuir para a formação de recursos humanos da UFSCar e da RHI Magnesita envolvidos no projeto”, descreveu Canto.

“O orçamento é composto pelos aportes financeiros da RHI Magnesita e da EMBRAPII, somados à contrapartida econômica da UFSCar, no que diz respeito ao uso de equipamentos. Mas, vale observar que a contrapartida da Universidade também se dá, indiretamente, por meio da disponibilização de seu patrimônio intangível, ou seja, o seu conhecimento, suas instalações e demais equipamentos”, afirmou Ernesto Chaves Pereira, docente do Departamento de Química (DQ) e coordenador da EMBRAPII-UFSCar.

“A EMBRAPII teve papel de grande relevância. O seu aporte financeiro foi determinante para a montagem de uma equipe de trabalho numerosa na UFSCar, o que viabilizou a proposição de um plano de trabalho mais rico e audacioso, que se tornou mais atrativo à empresa parceira”, disse Canto.

Além da EMBRAPII, também vale destacar o papel da Fundação de Apoio Institucional ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico da UFSCar (FAI-UFSCar) e da Agência de Inovação. “A FAI teve papel de grande importância, dando todo o suporte necessário para o desdobramento de um primeiro projeto EMBRAPII na UFSCar, bem como para os ajustes administrativos, operacionais e jurídicos necessários, compatibilizando as normas da UFSCar e da Unidade EMBRAPII. Já a Agência de Inovação atuou em toda a negociação entre UFSCar e a empresa parceira referente às questões de direitos de propriedade intelectual envolvidas para a formalização do Acordo de Cooperação”, finalizou o coordenador do projeto.

(Fotos: Rodrigo Canto, coordenador do projeto; e Ernesto Chaves Pereira, coordenador da EMBRAPII-UFSCar)

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